terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Vertentes do desapego.

Eu posso ficar sozinho,
eu estou sozinho!
Sei de tudo o que fiz
e o que nao fiz,
nao me escondo e nao tenho espaco
para tantos segredos.

E se o tempo voltasse, 
nesse exato momento...
nao evitaria,
te beijaria mais,
olharia mais nos seus olhos,
diria que vc eh a pessoa mais linda do mundo.
nao faria tantas promessas baratas, provavelmente.

Se realmente voltasse,
me entregaria as todas as possibilidades...
descobriria mais minúcias desse prazer.

Mas o tempo...
o tempo nao volta...
Nao volta depois de certas escolhas...

o tempo apaga
o que restam das lembranças...
de todo tempo quase nunca perdido,

Abandonado na escuridão
do desgarrar-se.
como um baú marrom, velho e grande, 
com historias, fotos e outras coisas, que durante dias foram as oportunas maravilhas,
entre nossas aflicoes e devaneios...
mas que agora estah simplesmente perdido / jogado em alto-mar...
para que afunde rápido,
para que desapareça,
nao sobreviva .

Estou muito alem das suas posses,
em qualquer tempo que possa imaginar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário