sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pode ser qualquer coisa!

1- Coisa
Mas porque tanta coisa?
A vida passa
As pessoas (cadessem?)
O dia amanhece
O gato, sem se importar, lambe-se!
Astuto e preciso!
As pessoas vão,
A solidão fica
Viva a solidão!
Solidão sólida!
O gato astuto
As coisa ou mais...
Há coisas!
Há!
Tudo que é novo transcende!
Velhos apodrecem.
E tudo continua sempre como foi!
As coisas grandes são destinadas aos grandes; os abismos para os profundos; delicadezas e caprichos às almas delicadas e, em geral, as coisas raras aos incomuns.

2-Vontade.
Ser humano?
Ser livre?
Ser?
Ser?
Vontade!
Verdadeira vontade!
Amor.
Nada.

3-Agora que todos se foram!
Agora que todos se foram
Não há nada! Absolutamente nada!
A tentativa ilusória de essência das coisas é proporcionalmente igual ao vasto precipício das asneiras corriqueiras... aos sonhos... aos pesadelos... ao vício... ao crime e, sobretudo, à linguagem metafórica e descontente... do amor.

4- Que droga!
Drogas! Drogas! Drogas!
Eu sou apaixonado pelas drogas.
A droga do caos!
A droga hilária.
A droga cansativa
A pejorativa!
Ow drogas.
Aqui, ali, diante, de frente, demais, demais, demais
Drogas!
O amor é uma droga!
Os alicerces são drogas...
E a verdade é a droga que me conduz para além do bem e do mal.

Odeio quando as virtudes se resumem em prazer em prol do artifício.
Odeio ter que aceitar as voltas e vira-voltas dos que transpiram (aflipaso?) mesmo sabendo o que não é.
Odeio ter que ser isso...
Qualquer coisa que lhe faça permanecer!
Tudo seria bem mais fácil se a ambição ou qualquer outra coisa consumisse o coração de todos os pequenos homens!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Velhice Precoce

Esta historia era para acabar numa grande tragedia, conforme me foi contada.. Mas, pensando bem, porque fazer essa concessão a morbidez do público e lhe dar o sangue e as lágrimas em que ele, público, adora banhar-se?

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Abertos olhos

Bem, aí vem...
Aí vem mais um dia!
Mais uma decisão a caminho!

Aí vem...
um mostruário em cores,
das escolhas a serem feitas!

Vem...
uma batida na porta!
Abra!

Bem!
Aí vem mais outro dia
para que lembranças sejam feitas.


De olhos bem abertos...
Olhos bem abertos o tempo todo!


Essa foi...
uma tomada perfeita
e você estava adormecido ou acordado?


Esse foi...
um momento perfeito
de se expressar!


De olhos bem abertos...
Olhos bem abertos o tempo todo!


E essa foi...
a chance de uma vida inteira!
Escapou, e o que você fez?

Esse foi...
mais um dia...

Bem...bem abertos...os olhos.
Olhos bem abertos o tempo todo!
Eu mantenho os meus olhos bem abertos!
Pois você nunca sabe
o que poderá ver.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Construção da Luz

Chuva, dia, céu, beleza, morte, preto, alegria. Amor, vazio, dia, vida, morte, dor, paixão. Alegria, preto, dia, ódio, beleza, morte, vida. Prazer, sofrimento, vazio, dia, dor, morte, amor. Paixão, alegria, luz. Se Deus está morto o que estará eu? Uma partícula de sujeira na asa de uma mosca caindo na terra através de um buraco no céu. Um buraco no céu? Se Freud é um gênio, o que sou eu? Um pedaço de esparadrapo no pênis de um alienígena  soterrado em gelatina verde sob as areias de Vênus. 
Tempo, sol, machucado, confiança, paz, escuridão, fúria. Tristeza, branco, chuva, sol, raiva, machucado, suave. Confiança, noite, fúria, chuva. Branco, esperança, escuridão. Sagrado, sol, tempo, confiança, raiva. Chuva, branco, luz. E se um pássaro é capaz de falar, o que já foi um dinossauro! Um cão pode sonhar? Deveria ser implausível que um homem pudesse supervisionar a construção da luz. 
Qualquer predador astuto poderia ter um pedaço de mim!
Não vale a pena ser bonzinho demais, essa é a única coisa que eu aprendi. Mesmo assim fiz a minha cama de fósseis e agora me agito, me reviro e continuo dançando. 
Dor, dia, céu, beleza. Preto, morte, alegria, amor, vazio, tempo. Sol, machucado, confiança, paz. Escuridão, fúria, tristeza, branco, chuva, ódio, raiva. Esperança, sagrado, paixão, vida, noite, sofrimento, suave. 
Luz. 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Onde eu preciso estar

Seguindo em frente, estou.

Morei neste lugar e eu sei todas as faces.
Cada um é diferente, mas no fundo são todas iguais!
Eles nunca me permitirão mudar...nem é meu interino proposito;
Mas eu nunca sonhei que a minha casa terminaria sendo um lugar ao qual eu não pertenço!?
Ao menos eu consigo ver que a vida tem pacientemente me esperado
e sei não há nenhuma garantia, mas eu não estou só.
Chega um momento na vida em que vc pode ver que os anos 
estão simplesmente passando, passando, passando e passando.

Escalei os topos montanhosos.
Nadei em todo o oceano azul.
Atravessei todas as linhas e quebrei todas as regras.
Hoje estou tão longe de onde eu preciso estar, ou deveria.
Vendi o que pude e empacotei o que não pude.
...coisas com sorrisos.
Amei como deveria, mas vivi como não deveria.
...coisas 
Tive que perder quase tudo para descobrir...
Talvez perdão ache em algum lugar por essa estrada.

Segredos engolindo o centro de mim.
Desligado.
Muito cansado de derrotar minha propria sanidade.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Coiote embrusteiro.

As mudanças de muitos invernos marcam o ciclo da roda. As rugas do meu rosto antigo mostram tudo que posso sentir. A natureza da minha passagem ainda eh um mistério, pois no intimo sou dono do meu próprio destino. Quando no começo dos tempos eu era um menino, me espantavam as descobertas que fazia. Descubro mais uma vez que o peso de todo o inverno traz descobertas como um amigo.
Há alguns dias atrás, numa noite, eu caminhei até uma fonte de água quente que brotava do alto de uma montanha – fugindo do frio que me atordoava o corpo. Fiquei ali sozinho, boiando na água, olhando para a vastidão da noite tão estrelada. Havia feito uma fogueira a seis metros dali, num lugar de grama baixa e com poucas arvores por perto. Eu tinha ido a esse local em busca de algumas respostas, que estava naquele momento cheio de duvidas. Lágrimas de tristeza brotavam dos meus olhos. Formavam círculos de prata no meio das águas efervescentes daquela fonte natural. Eu, naquele dia, procurava saber como poderia voltar a grande cidade e começar a conviver com aquelas pessoas que se esforçavam somente em ser  “alguém” na vida, em lugar de tentarem manisfestar tudo aquilo que são em sua verdadeira essência.
Foi durante esses dias, em que fazia cada vez mais frio, que comecei a compreender porque o Coiote era chamado de embrusteiro. O Coiote nos ensina a beleza que existe em nossa confiança e nossa inocencia infantil, ate que nos tornemos sérios demais. Ai ele arma um ardil para nos enganar, derrubando todo o excesso de seriedade que serve para mascarar nossos temores e ansiedades. Toda vez que esquecemos de ser criança e encarar a vida de forma alegre e tranquila, o Coiote se manifesta para nos importunar, até que deixemos de lado a dor interna. 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Rescendência

Bem, agora me digo: "Confere!"...
Passos rasos, por que preciso ir depressa, sem barulho e solto
(para não dizer 'livre' cedo demais.)
Há conquistas e conquistas.
Há!
Já perdi todo o seu senso e aquele meu lenço sujo.
Já subi no muro, derrubei os copos e  deixei no ar.
Talvez tenham caído.
Fôlego para a indelicadeza das perguntas sem respostas, ainda tenho.
Para pessoas indispostas, nem tanto.
O chão? Ele continua molhado de mais uma tentativa em vão.
Justificativa... Solidão (?)
Não existe outra razão a não ser: SER ... e recordar a sinceridade dos eternos poucos.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Assim dessa meneira

Esperando a chuva passar...
só para ver o que há de bem despercebido.
E nessas horas lembrar... da vida!
Onde tudo comecou?
Mais ou nada!
Como um chiclete jogado no chão.
As folhas secas que caem.
A faca cega.
O olho cego.
A boca que fala só o que lhe convém.
Dilemas, surtos, incógnitas, certidões.
Em suas mentes...
o delirium tremens do passado.
Uma cidade diferente em cada situação.
A arte do obsceno com quinze minutos de tolerância.
A parte úmida do silêncio na dúvida do " o que fazer?".
Esse mundo que conhecemos
já doeu em todos.
E agora está ficando tarde...
Tarde para o tempo que segue o presente.







segunda-feira, 13 de junho de 2011

Se foi, assim se foi...

Minhas elevações são estreitamente altas.
Meu pontos baixos são ligeiramente baixos.
E agora eu sei exatamente o caminho a seguir.
Existe uma couraça humana em torno da cidade.
A cidade está fria e cinza.
O vento sopra os cabelos alheios.
O que você sente de verdade?
Eu queria que você me dissesse o que sente de verdade...
mas você nunca vai me dizer...
Por que esse não é o nosso trato!!!
Você não sabe lidar com sentimentos tão fortes como esse.
Há sangue na parede, mas eu estou feliz...
Sim, meu nome está na parede.
Os efeitos da mobilidade - ou da fluidez - dependem da sua intensidade.
E no momento em que te digo... você vai embora,
com puxadas no coração.
E você continua sem saber lidar. Acha tudo normal.
O que você sente de verdade?
Não é esse seu trato.
Não é esse meu trato.
Então eu sigo em frente.
E agora estou indo, então eu fui.
Agora eu vou embora, assim fui.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Acho que seria bom...


Eu continuo bem, bem, bem, 
mas estou sempre sobrecarregado.

Eu odeio qualquer inconveniente que é bom. 
Vamos recuar para os bares!
E ao invés de me sacrificar, você aparece. 
Me sinto bem melhor.
Vamos fazer uma dança de improviso 
e depois tirar um cochilo.
Seria ótimo!
Nós nunca  mudaremos de roupa, não damos a mínima para isso.
Vamos ter as cores e os doces regionais... e a cerveja daqui!
E vamos ficar acordados até tarde revelando todas as nossas esperanças e medos.

Eu aposto que temos muito em comum.
Podemos.Chocolate e animais de estimação na primavera.
Eu acho que seria ótimo!
Eu vim para te encontrar, ou mais.
Eu sei que...
Eu sei que é verdade...
Só não há espaço suficiente para todas as minhas coisas!
Te observando numa lente telescópica... 
É quando eu gosto de usar minha imaginação

Sabemos que em nossos corações ainda reside magia.
Em diversão constante...
Eu quero você plugado no meu futuro,
quero posar para uma foto nossa.  
Quero que você faça espaguete para o jantar...
E quero que me escreva cartas eróticas de amor!
Acho que seria muito bom!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Enquanto a hera cresce em sua porta.

Um som, um único som. Um beijo...um único beijo. Um susto, apenas um.
O rosto no lado de fora da vidraça.Como isso pôde acontecer?
Pessoa corre, criança chora, a garota ouve uma voz que mente.
O sol ainda queima com o fogo vermelho...A visão de um leito vazio.
A marcha do destino, o desejo quebrado.
Alguém está deitado tranquilamente.
Ele sorriu e chorou. Lutou e correu. Brigou e amou.
Gritou sob o céu estrelado. Viajou pelo telefone balbuciando pouca tristeza.
Olhos levantados sob a tela vazia.
O vento glacial da noite ia embora.
Único som de um tempo tão estranho.
Sinos distantes, como a nova grama cortada cheirando a doce,
desmentiram o silêncio mortal que se estende ao redor. Adiante.
Então cante para todos como pássaros noturnos assobiam para
chamar as gargalhadas das crianças.
Pise na ponta dos pés.
O som nítido de tempos tão distantes.
Notícias de um tempo linear. O orgulho em cada livro-razão.
Encontra-se aonde andas escondido.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Botões e alfinetes dissolvidos no tempo.

As libras no mar. Tão difícil contra este velho navio... 
O navio de plataforma velha e molhada 
em dois dias de tempestade tinha quebrado seu mastro. 
Cansados tripulação ​​e o capitão que ao mar se foi. 
As libras no mar tão difícil contra este velho navio novamente. 
ele queria apenas um desejo! 
Talvez tão longe de sua memória.
Ir agora era tudo o que ele sabia e então viver a última onda.
pôr-do-sol marcara o fim da sombra nas areias e logo todos terão desaparecido. 
Deserto. 
Indicio de um momento...um movimento.
O relógio ainda marca a hora certa.
Dias...um pouco esses dias.
Um pouco esses dias. Bastante.
Um pouco nesses dias.
Um pouco desses. Dias.
Circulara os blocos muitas vezes.
Um ou demais. Poucos.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ponto de fricção.

Apresentam duas superfícies
ao contato de uma sobre a outra...
chego na lua e atravesso a rua sem olhar para os lados
nessa noite não perdida...,
como se todos os farois fossem só um,
como todas as indecisões fosse a rosetá que vem de dentro.
O atrito.
Ou o estímulo que se faz sobre uma parte do corpo,
ou por todo o corpo.
Algo que você não planejou, aparentemente.
Eu sabia que chegaria a hora?!
Só precisa me chamar...pelo meu nome...
Não há montanha alta o suficiente,
não há vale baixo o suficiente,
não há rio extenso o suficiente,
que me impeça de chegar até você.

(...)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

As coisas começam a se dividir pelas costuras.

Eu queria que sua mente fosse mais como seu coração...
Calado.
Eu aposto que você consegue muitos elogios, muitos.
Você tem muitas coisas importantes para fazer, não tem?
Eu já ouvi algumas histórias sobre você.
E se eu dominasse o mundo faria você ser minha agora.
Se eu soubesse o caminho certo desde o início nós não estaríamos com.
essa distância causando nosso silêncio!
Penso em você sorrindo.
A verdade tem um hábito de sair de sua boca.
Olhando como uma parte arrancada, ou apenas completamente desmontado
nós estamos cambaleando através de uma queda sem fim.
Nós somos os fantasmas sempre vivos de algo que passou.
Não sei qual é meu melhor lado pra você admirar...e se vai!
Lá vou eu ficar chateado por nada...
Ficar chateado pelo meu coração. Pelo seu coração.
Sobre o que exatamente as pessoas compôem, alguem realmente se importa?
Tudo se arruma se você deixar simplesmente acontecer.
E lá vou eu de novo...
Fugindo como se não fosse nada demais.
Fugindo do meu coração fervendo.
Só que agora estou mais perto do que jamais estive...
Do outro lado do degrau da sua porta
num terno amarrotado, com uma gravata velha.
Eu sou a bagunça
que você vestiria com orgulho
como algum vestido vazio na cama
que você estendeu para hoje à noite.
Talvez eu te conte algum dia.


Algum dia...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Virar numa corrente...

Ocultei o pedaço aonde a árvore toca o chão
quando fiquei parado à noite vendo
as estralas no alto e as luzes...
Então eu quis estar com você!
Senti isso um pouco mais quando
falei com você pela primeira vez.
Dentro de mim eu me sinto sozinho e irreal.
Olhando la pra cima, pro céu
o teto brilha escuramente.
Sozinho eu vi uma faísca...
Só que você me mostrou seus olhos...
sussurrou o amor aos ventos!
Sua face entre tudo que queria ser.
Um pier quebrado num mar de ondas.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ah!

Um rio por onde o tempo passa.
Um manto de sonhos.
aqueCIMENTO global.
3/4 de suco de morango.
Duas doses.
Não me arrependi, primeiramente.
Não me senti muito feliz,
mas pude rir depois.
E quando menos se espera...
um seio.
Estimulando sentidos.
Quem foi que pediu?
Quem está deste lado?!
Robotico / Cinético / Sintético e passando.
Um arco-iris na tela.
O ego.
O amor para todos os lados.
E do outro lado:
a busca.

terça-feira, 22 de março de 2011

Fundo do oceano, onde fiz minha casa...

Você está pra cima com o nascer do sol
E pra baixo quando acaba.
Com a excelência da indústria
a diligência de livrar-se.
Minha angustia afundou como talheres finos. Aqui.
Prostitutas, jogos de azar e vinho...
isso soa tão ridículo!
Estávamos de mãos dadas,
os pés descalços na areia
e a sobrecarga de gaivotas brancas no ceu nublado,
quando minha voz quebrou feitico do silencio:
"Eu nunca poderia me separar de voce sem um bom motivo 
e embora eu nunca o tenha ... eh sempre bom ter opcoes."
Nunca ninguém diz
o que realmente pensa
quando há tanta coisa -ou tanto nada- em jogo.
Afundei.
Olhei para cima e eram 30m de agua.
Desci rapido.... fulminante.  
Feitiço das aguas.
Fundo, claro, desengano.
Onde as sereias nos ensinarão
como respirar a linha que agora divide
ação e apatia.

segunda-feira, 21 de março de 2011

decima quarta vez

Voce sabe que tudo poderia e deveria ser bem mais facil.
So que ainda estou nas minhas viagens,
enquanto isso todos ao meu redor falam de historias desconhecidas.
Enquanto eu as uso para agradar, para aproximar..e porque nao?
Um enxame, o vexame.
Agora aguas passadas.
Entao, se eu estou errado, me desculpo.
Eh uma coisa comum para estar longe da linha de atrito entre mim e voce.
Voce nao sabe de nada...
pode se contentar sendo a segunda melhor?
Nao tomarei mais seu tempo, nem suas palavras, nem seus rancores...
nem gastarei seu olhar no meu.
Apenas farei sua cabeça, embora isso nao va mudar o mundo,
so que agora vc vai estar inclinada.
Se eu estiver errado novamente, me desculpo
pela decima quarta vez.
Uns chamam isso de teimosia.
Eu chamo de paixão.
Vai levar algum tempo para mudar ...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Batendo ...

E o coracao nem aguenta mais.
No dia do caminhao ao nada, todos estavam sorrindo.
Ofende voce?
Todas as vozes...
e seu silencio que agora nao significa nada.
Onde estao as idas? Onde estao as divas?
Vindo dai, qualquer coisa.
So que boca nao fica parada.
Nao consegue.
Bebe, beija, mastigua, chupa.
Desnecessario e eh mais um fim da linha.
A ansiedade provoca, invoca o que ninguem consegue explicar.
O itinerário ou a solidao
E tudo vai passando por cima de tudo.
E tudo vai ficando ralo.
Um caminhao que acelerou, capotou e caiu.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Vamos começar...

Sentir alguma coisa certa...
e sentir algo bom.
Porque se realmente funciona
voce pode saber que eh verdade.
Se essa eh a vida...
quem a discutiria?
Em cinco dias.
Um ano.
Tente fazer uma mudanca,
eh mais uma coisa a se fazer!
Algo de bom pode funcionar.
Movendo para lugar nenhum...
estamos nos movendo para lugar nenhum.
Ja ha muito a mudar.
E quem discutiria?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

paixão moderna...

Perdidos, desprotegidos e embreagados.
Você tentou me alcançar...
Eu nao iria resistir mesmo...
Perdidos para todos os lados.
Desprotegidos sentados no banco da praca
de arvores altas e bancos de cimento, um parque de diversão.
Suados e trêmulos de tanta liberdade.
Jogue seus bracos em cima de mim
entregando-se por completo.
Continue a me dizer todos os fatos...
E continue me fazendo sorrir!
Se eu parecer ausente
eh pq minha língua ta amarrada.
Ninguém nunca soube o que é bom pra mim.
Eu nunca saberei o que realmente eh.
Mas agora serei seu...
Voce quis comer minha tristeza
para se divertir.
Você pode enxergar de longe.
Disse que queria comer minha tristeza,
entao venha!
A que nos estamos resistindo?
O que está sempre no caminho?
Por ser sempre tão distraída...
Me quebre. 
Me desperdice.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O que fez passar...

Nunca saberás por que isso me atingiu.
Quando estou em silencio 
ninguém consegue perceber 
que estou indo num caminho certo. Seguindo!
Os criticos chamam isso de teimosia...
Nao se trata apenas de um sonho agora.


Voce acha que sabe, voce nao sabe!
Agora podemos chegar juntos?
Por que agora todos falam?
Ou eh uma coisa comum para estar fora de linha?

Aprender a prever o futuro 
nao eh tao dificil quanto se parece.
Eu acredito que festa ainda nao acabou.
A festa nao vai acabar agora.
Isso eh oq voce ganha
por tentar educar a ovelha negra.

Eu tirarei meus olhos...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ha indecisão

Parte I
A historia se repete, de novo!
Corbertos pelos vestigios da solidão,
a ver os desajustados noturnos ineptos.
As terminacoes de uma noite que nunca parece chegar.
Apenas entre o esqueiro e as propostas. 

Parte II
Absolutamente levado a tona pela  impulsividade.
Alegrar, estimular, estremecer, tremer, formigar, picar, picotar...
Um suspiro curto.
Um doce desafio desenfreado e desconexo infringindo regras.


Parte III
Um cigarro.
Uma estrada.
Mais uma noite.
E todas as duvidas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Força que tende a aproximar

Te encontrei ontem a noite, te dei um abraco forte colado, alisei seu cabelo e acariciei sua nuca. Seu sorriso acabara de estimular todos os meus sentidos. Fiquei sufocado, afoito. Ajustou-se lançando involuntariamente a mais perfeita combinação entre leveza e sedução. Ja me sentia mais do que enfeitiçado.
Seu olhar me inibia e me instigava ao mesmo tempo. Toquei no seu cabelo para disfarçar a vontade de te beijar, de te ter a qualquer custo - talvez querer disfarçar seja um erro nessa ocasião - e te sentir mais perto. Sua boca junto a minha. Maos a deslizar por todo o corpo. Tenho certeza que seria o melhor dos beijos.
Buscava exaustivamente seu olhar...Voltei de onde estava para tentar te reencontrar  e dessa vez quem sabe? Voce voltara com uma das suas amigas ao lado, era a segunda vez que nos cruzamos de frente e somente rimos. Fiquei indignado com as proezas do destino. Dei gole no conhaque com gelo vendo voce ajeitar sua saia curta a molhar meus lábios, a despertar meus instintos.
Atracao seria?
Toquei em sua mao, dividimos cigarros, cervejas e conversas baratas....estava tao bem. A gente se olha, ri um do outro e nao sabe o porque, ou finge nao saber.
Isso eh uma das coisas mais sinceras que eu consigo sentir, que gosto de sentir.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Nada visível,

Pronto.
Agora eh só aproveitar...

(T)onto.

Está todo mundo pronto ai?

Ou só no fim,
... Ponto ...

Levitar.
E que sente levitar!

E quis sempre.
E que sente.
Que seja!




























































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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Nao desista das delicias do amor...

O pior estagio da auto-determinação 
eh akele em que vc ainda acha
que nem tudo estah perdido..

mesmo sabendo que tah.


Continuo sem acreditar em nada, desde o começo.
O que sobrou da situacao?
Subsidios e outras maneiras de rebaixar-se.


Uns param,
outros elaboram planos,
desulidos sonham acordados,
outros continuam,
alguns agora sonham outros sonhos...
a maioria enlouqueceu e a minoria ajoelhou-se. 


E o que sobrou?


A liberdade ficou pequena para tantos apertos...
O proibido ja nao tem tanto sentido.
Amar, talvez seja....
E se nao for assim, como entao?
Acredita no amor,
na palavra gasta por entre os séculos...
que soa muitos tímpanos e te desperta mesmo
estando no escuro perdido em mil desilusões.  


Viver eh mesmo tao inconsequente.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Falácias pela janela ao lado...

Um predio alto no morro. Estava a me recrutar diante daquelas janelas de vidro coberta por papel alumínio. Evitava que o sol me acordasse cedo demais. Eram cinco ao todo, duas no primeiro andar e tres no segundo, sendo que quatro delas eram de frente para rua, duas embaixo e duas em cima, a quinta ficava na lateral, por sorte - quem sabe!? - essa era a que  tinha a mais incrível das paisagens, o mais belo horizonte que ja vi... era, justamente, o que chamava de "1/4 de mundo".  Por essa janela passava esse mundinho rápido, desenfreado e ambicioso.

Anos atras conseguia-se enxergar o mar azul anil muito, muito longe, no horizonte mesmo. Do horizonte para a lembrança, tem anos que nao consigo aquela faixa azul infinita. Em compensação, bastante nítidos ficaram os prédios da cidade, estradas, viadutos, carros subindo e descendo em mao dupla, dezenas de torres da rede telefônica, condomínios a mil, uma parte que sobrou de mata atlântica, e por ironia, as novas construcoes, as novas maquinas de cavar e homens transformando cimento em concreto. Edifícios inacabados e esgotos a ceu aberto. Aviões passavam vagarosamente ao meu ponto de vista.  Dava para ver também alguns guetos. Uma enorme bandeira do Bahia estendida bem no alto de uma casa na favela mostrava a preferência entre os favelados. Via-se o ceu,  as nuvens e as estrelas.

Por volta das cinco e quinze da tarde aprecia-se o por-do-sol com o charme do queixo no ombro direito. Casas, arvores e predios faziam o contorno ideal de onde o sol se punha, lindo e singular. Ver o sol se pondo fazia com que me sentisse vivo, nao que isso fosse uma necessidade, mas um privilegio do universo... um dom do universo...a chance de viver enquanto um corpo cósmico, um ser que ocupa um espaco físico. Um ser único. Me sentia brilhando feito esses astros, ou algo parecido.

Ver todas aquelas coisas pela janela eram embaraçosas , principalmente depois algumas doses de conhaque e goles de cerveja. Para os olhos era cansativo, distorcia. Para a boca era amargo, vomitava as vezes. Sempre recorria a tal lugar, ficando admirado, sonhando alto muitas vezes. Pecava ao chorar pensando ter agido errado. - nunca satisfeito com o sentido concepcional da palavra "errado" - ..... Elaborava planos...pensava, pensava e fazia... quanto mais impossível melhor. Um destino impossível era minha verdadeira vontade. Nunca me arrependeria dos meus atos -"o que vou fazer agora? era a eterna pergunta - isso ocorria em quase todas as vezes. Molhei o travesseiro com uma ou duas lágrimas antes de dormir. Achei, durante muito tempo que deveria me jogar da janela, sem esperar mais nada...

Vento gelado na cara,  a boca seca de fumo e a lua nao pecava em brilhar la fora. Permanecia na melhor das fases: cheia. Via-se as constelações. Dalva sufocava com seu brilho insistente em destaque. Gostava de ver os fogos no final do ano pela janela do lado. Era um espetaculo a parte. Nao se perdia um detalhe, nenhum estouro, nenhuma fagulha de pólvora queimando. Pirava! Os mais bonitos eram os vermelho, nao sei se eh minha paixão pela cor, mas na virada de ano aquele vermelho lembrava gotas de sangue saindo por entre as nuvens, em meio a tantas outras explosões, essa sensação me deixava instigado.

A noite, na escuridão, acendiam-se as lâmpadas e tudo era lindo - sorria contente - luzes amarelas, florescentes, predios reluzentes coloridos, alguns enfeites e neons clareavam o breu nos edifícios mais altos e sofisticados.... as pontas das antenas acendiam e apagavam. Eram muitas luzes acesas, eram milhares delas. Todas aquelas nuvens alvas. Por sorte, num desses dias escuros clareados pelo efeito das luzes, passou uma estrela cadente cortando o ceu de leste a oeste. Fiquei surpreso! Era a primeira vez que recebia um presente dos astros. Me senti meramente lisonjeado. Fiz um pedido! Acabei por desperdiçar  o que restava da minha fé sobre as coisas, como um compasso da harmonia na disposicao das erratas

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

o velho do bar

Meus dias passavam rápido. Um olhar no horizonte me fez lembrar de todas as travessuras, de tudo que achava divertido ate então.  Ninguém poderia, um dia sequer, seguir esses meus passos rapidos em direcao ao centro....Dias e mais dias, noites e mais noites, tardes e mais tardes. Aprendi a amar e a sorrir... mas ninguem entendia os meus tracos, minhas manchas, a inocência conturbada nos olhos em castanho claro, que brilhava com a luz, que quase nunca tocava meu rosto, ja que nao andava direcional ao sol. Um anel asteca servia-me como amuleto. Apreciava livros russos, alemaes e italianos. declamava trechos. Sempre achei que a unica coisa que nao queria na vida, era voar, e apesar de assubiar, dizia que esse era um dom dos passaros. Seres humanos ja passavam por mim despercebidos, nao despertavam interesse algum.

Encontrava-me aleatoriamente com um velho num bar, que sempre estava la nas horas necessarias, esperançosas e inúteis. Ensinava-me coisas nao tao belas da vida. O bar do centro, o bar dos velhos, que so os cegos nao enxergavam, ou os que nao tinham coragem de entrar e descobrir seus misterios alcoolicos.
No balcao garrafas de cervejas enfileiradas, um corredor com todas as marcas de cervejas imaginaveis, garrafas de diferentes locais do mundo, de tamanhos variados, para todos os gostos, da mais amarga a mais leve. Mesas cobertas com um pano raso e liso de cor verde. Tudo era tao conservado e limpo, aquele bar era realmente incrivel, o melhor lugar ja visto para beber com os amigos e se deparar com alguns inimigos. Haviam quadros e barris de madeira por todos os lados. Tacas e canecas alemães. O chao era de madeira brilhante.

Mas aquele velho, cujo o nome ninguém sabia. Aquele velho de sorriso amargo e palavras sinceras preferia o porao dos fundos, onde os azuleijos raros cobriam metade da parede em brancos e azul. Um porão empoeirado, escuro e abafado, onde existiam 58 caixas de cervejas vazias espalhadas nos quatro cantos. As cadeiras e mesas ficavam abandonadas, dava para ver aranhas brincando nas teias. Era la que ele ficava, um indignado velhinho negro, de cabelo branco, sempre com aquele terno surrado e um sapato marron, bebendo e sussurando para si mesmo, se questinando, se culpando, se embriagando.

- uma dose de conhaque. uma para mim e outra para meu velho. - pedi ai garcon
- como vai voce, garoto? - perguntou o velho de cabeca baixa.
- bem- respondi
- dose de conhaque foi uma boa pedida - disse o velho com um sorriso no canto da boca.

Nunca viria esquecer daquele velho. Um misterioso que discursava solidao e fumava filtros vermelhos...aquele velho amigo que se recusava dizer o nome, um homem procurando insistentemente um muro. Aquele que me ensionou que tudo na vida era maravilhoso. Tudo, exeto as palavras e acoes que passam dos limites daquilo que julgamos correto.

Numa tarde de domigo, o sol estancava o ceu com poucas nuvens, passei andando pela frente do bar, avistei o velho. Queria reencontra-lo para beber algumas doses, mas ao me aproximar percebi que estava chorando. Preferi naquele momento nao ir ao seu encontro. Fiquei ali, do outro lado da rua, na sombra de uma arvore observando por cinco minutos. Os seus olhos estavam inchados, em meio aos soluços acendeu um cigarro controlando as lágrimas com a cabeça erguida.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Isto, isso e aquilo.

Me sinto assim,
sozinho agora.
Desligado na eterna duvida de ser ou nao ser?
Tao repentino, inesperado, as vezes estúpido, inconsequente e singular.
Um dia quem sabe
os grandes problemas
serao simplesmente solucionados
para o fim desse grande vazio,
que aflige o peito,
me deixando cada vez mais
louco, vivo, sagaz, inclusive vulgar em certas ocasiões.

Na inércia dessa loucura
posso tranquilamente afirmar...
que esse eh o preco que estah sendo pago.
Então suporte!
Pois todos que nao suportam mais,
deslizam ao enxergar apenas uma escuridão morbida.

Sou parte dessa enorme feira moderna...
esparramado no silencio
das imagens distorcidas da solidao.